O Memorial JK foi inaugurado em 1981, no dia do aniversário de Jucelino, proposta de iniciativa de Dona Sarah Kubitschek com o objetivo de perpetuar a trajetória de vida do seu esposo – ex Presidente Jucelino Kubitschek.
A memória da construção de Brasília é outro dos objetivos do Memorial, que foi realizada em três anos e oito meses, inaugurando a nova Capital Federal e iniciando uma nova era – da integração nacional.
Sumário
Onde fica e funcionamento
Está localizado no Eixo Monumental (corpo do avião) lado oeste, na mesma avenida onde estão os Ministérios, mas no lado oposto.
Abre de terça a domingo, das 9h às 18h e o ingresso custa R$ 10,00, inteira.
Arquitetura do Memorial JK
Quem já teve a oportunidade de visitar, conferiu a belíssima arquitetura do Memorial JK, projeto de Oscar Niemeyer, com 700 m quadrados.
Riqueza das peças históricas da vida de Jucelino, com instrumental, documentos e fotos ainda como estudante de medicina, quando conheceu Dona Sarah, passando por toda a sua vida política, em Minas Gerais, até ser eleito Presidente do Brasil.
Conta, ainda, por meio de fotos e filmes, toda a história do planejamento, no cerrado do planalto central, da construção de Brasília.
Projeto de Modernização e Acessibilidade
Em 2016, concluiu-se Projeto de Modernização e Acessibilidade implentado no Memorial JK, aberto ao público em de 12 de setembro, exatamente 35 anos após sua inauguração.
Atualizando a exposição permanente, mas também produziu novos conteúdos, apresentados de forma inovadora e com muita tecnologia de ponta.
Dessa forma, não só aprimorou seu acervo como democratizou o acesso, atraindo um público mais diverso, como os jovens e pessoas com deficiências (PcD).
Acessibilidade
Quem já visitou o museu sabe que a entrada é por meio de uma grande escada o que impedia o acesso de pessoas com limitações de mobilidade, essa foi uma das melhorias, instalando elevadores na entrada e para os diferentes andares.
Outra excelente novidade é a instalação de uma maquete tátil do Memorial e seu entorno e mapas táteis do andar térreo e superior para que pessoas com deficiência visual possam entender o espaço, além de disponibilizar várias outras peças e mapas táteis com o mesmo benefício.
Ainda, os vídeos dispõem de interpretação em libras, inserindo assim os surdos no processo de visitação e compreensão dos detalhes.
Foram também disponibilizados audiodescrição e textos em braile, capacitando a belíssima equipe, toda uniformizada em branco, muito simpática e solícita, e preparada não somente para responder à perguntas relacionadas ao Memorial e suas obras, mas também, à atender as diversidades.
Identidade Visual
Destaco ainda, a linda identidade visual adotada na sinalização do Memorial. A qualidade do material impresso, seguindo a mesma identidade visual, oferece excelente conteúdo sobre a exposição permanente, sobre a vida de JK e sobre o projeto de Modernidade e Acessibilidade.
Tecnologia
Logo na entrada, no hall principal, é apresentado um vídeo tridimensional, tecnologia 4K, muitíssimo interessante, que mostra, de forma inovadora, da fundação à conclusão, obras ícones da capital federal.
Esse processo tecnológico permite a você e a mim, que não somos candangos, entender, a complexidade de cada um dos grandes projetos arquitetônicos de Niemeyer, permitindo sentirmo-nos parte da construção de Brasília. Veja um pouquinho dessa tecnologia neste vídeo a seguir.
Para que você tenha uma ideia da agilidade da construção da cidade, o Palácio da Alvorada foi contruído em 18 meses.
Outra novidade tecnológica foi a colocação, na sala de metas, antes da entrada para a Biblioteca, do próprio JK, em tamanho real, por meio de olograma, apresentando, como se estivesse conversando com você, o seu plano de governo – 50 anos em 5 – quando candidato à presidência do Brasil.
Preste atenção, também nesta sala de metas, ao quadro de JK. Em tamanho natural, foi pintado por Cândido Portinari.
Ao lado do JK esta reprodução da carta escrita para o povo brasileiro, despedindo-se de seu mandato.
No andar superior, o primeiro espaço tem o maior tapete arraiolo já produzido, feito por artesãs mineiras.
Em frente está um videowall, apresentando os acontecimentos na época de JK.
- Relatando fatos da década de 1950 a 1960, como
- desenvolvimento industrial,
- a belíssima música brasileira,
- cantores da época e seus sucessos,
- as vitórias nos esportes
Tempo dos anos dourados.
Um grande destaque neste piso superior são as inúmeras condecorações recebidas por JK, durante toda a sua vida, antes e enquanto presidente, mas também após seu mandato.
Em um aquário de vidro estão expostas algumas das condecorações recebidas. Novamente de forma inovadora é apresentado, numa das faces desse aquário, vídeo relatando as mais importantes condecorações.
Nunca tinha visto essa tecnologia e fiquei bem intrigada para entender, pois não tinha nenhuma projeção visível. Descobri que se trata de uma televisão de tela transparente, como funciona? Não sei, kkk. Veja aí neste vídeo, como funciona!!!!
Ainda neste mesmo andar, não posso deixar de falar sobre a Câmera Mortuária. Local para onde foram levados, no dia da inauguração do Memorial, os restos mortais de JK. Anteriomente estavam no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.
Um belíssimo salão, totalmente na penumbra, iluminado somente pelo extasiante vitral de autoria de Marianne Peretti, circundado por colunas estilizadas, tudo de um imenso bom gosto arquitetônico e sóbrio, conduzindo à contemplação e reflexão.
Voltando ao andar inferior, não deixe de visitar a Biblioteca e a sala de D. Sarah, uma contígua à outra.
A biblioteca é a reprodução fiel da biblioteca particular que Juscelino possuía em seu apartamento, no Rio de Janeiro. Contem cerca de 3 mil volumes raros. Dentre eles, uma coleção rara de Shakespeare, de 1802, presente da Rainha Elizabeth II.
Também estão expostos na biblioteca, presentes recebidos de governantes internacionais, como do prefeito de Roma. E cópia reduzida da taça Jules Rimet da Copa de 1950. Presente do juiz uruguaio Nobel Valentini, que apitou jogos naquela ocasião.
Um interessante e rápido filme destaca as peças de maior valor existentes na biblioteca. Ressalta-se as moedas em homenagem à inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960.
E, bem ao lado da biblioteca está a sala de Dona Sarah, idealizadora do Memorial. Local onde diariamente desenvolvia seu trabalho de direção do museu.
É apresentado um vídeo, com interpretação em libras, contando a história dessa brava mulher. Conheceu JK, que seria seu esposo, quando ainda estudante de medicina.
Dona Sarah desenvolveu diversos projetos sociais, um deles, criou as Pioneiras Sociais. Até hoje existente e por meio dessa instituição, ela e amigas criaram ações como serviços móveis de mamografias.
Mobilizada por um problema ortopédico de sua filha, articulou a construção do Hospital Sarah Kubitschek. Ainda hoje mantido pelas Pioneiras Sociais, referência na América Latina, no Aparelho Locomotor.
Hoje a Rede Sarah tem duas unidades em Brasília. Uma no plano piloto e outra no lago norte e outras unidades em cidades do país.
E, ainda tem muito mais para ver, o auditório, a sala de pesquisa e inúmeras peças históricas.
Antes de ir embora, você pode saborear um delicioso café expresso ou um chá, com algumas guloseimas. Eu recomendo um expresso, acompanhado da torta alemã, preços ótimos e muito saboroso.
Não posso encerrar este post sem mencionar o tributo aos parceiros de JK. Profissionais que contribuíram para a construção de Brasília e, assim como JK, acreditaram num sonho e juntos, o tornaram real.
Concluo essa visita com a estátua do casal JK e esposa. Nos jardins do museu, recebem a cada visitante.
E com a belíssima frase desse homem que realizou o feito da integração do país. Moveu a capital do país, da cidade do Rio de Janeiro, para um lugar que não existia, no planalto central!!!
Se você quer conhecer um pouco da história de nosso país, de nossa capital, visite o Memorial JK. Um tesouro de cultura e conhecimento.
A visão foi o sentido mais estimulado na visitação ao Memorial JK, embora a audição e o tato, estiveram muito presentes.
Deixe seu Comentário