De uma hora para a outra, tudo mudou! A incrível força de um pequenino vírus conseguiu alterar a rotina do Planeta Terra! O mundo parou! Em tempos de pandemia, em um mundo globalizado, veja relatos de brasileiros no exterior enfrentam Coronavirus.
Para quem está no Brasil, pelo menos para mim e com quem convivo, mesmo que virtualmente por agora, tem sido uma fase muito penosa.
Estar dentro de casa, distanciada fisicamente dos familiares, no meu caso, das filhas e dos netos, chega dói o peito.
Saber de tantas pessoas adoecendo mundo afora, colegas profissionais de saúde trabalhando arduamente e alguns, falecendo, tem feito com que repensemos os valores da vida e de nossa sociedade.
Ouvir de pessoas, amigas de amigos, que estão internadas, ou faleceram, e de repente ter um rosto conhecido fazendo parte dos números nos noticiários, tem deixado nossos corações apertados.
Uma dessas noites fiquei pensando na situação de uma sobrinha que estava fazendo mestrado em Lisboa e na dificuldade que encontrou para voltar ao Brasil.
De repente me dei conta do quanto deve ser muito mais pesaroso vivenciar este momento num país que não é o seu, longe daqueles que amamos!
Veio então a ideia de perguntar a alguns amigos brasileiros no exterior enfrentando Coronavirus, como estão vivenciando este momento, no país que os acolhe!!! Conheça um pouquinho de suas histórias!!!
Sumário
- AMÉRICA – brasileiros no exterior enfrentam coronavírus – Relatos
- EUROPA – brasileiros no exterior enfrentam coronavírus – Relatos
- ÁSIA – brasileiros no exterior enfrentam coronavírus – Relatos
- OCEANIA – brasileiros no exterior enfrentam coronavírus – Relatos
- Situação da Pandemia Coronavirus
- Conclusão
- Agradecimento
Caso 1 – EUA/ Louisville
Quem: Leila Trindade (46)
Moramos eu, meu marido e 3 filhas, há 21 anos, nos EUA. Desde 2006 vivemos na cidade de Louisville, estado do Kentucky.
O estado do kentucky é dividido em 120 condados, a cidade de Louisville fica no condado de Jefferson, sendo a maior do estado, com cerca de 1 milhão de habitantes. Não é um lugar muito conhecido pelos brasileiros, fica a algumas horas de carro de Chicago, Indianápolis e Cincinnati.
Sou professora de música em escolas públicas e meu esposo é o diretor de um dos cursos de mestrado da Universidade de Campbellsville.
Como tudo começou
O primeiro caso de Covid19 no nosso estado foi registrado no dia 6 de março na cidade de Lexington, a 1 hora de Louisville.
No dia 12 de março, antes de serem registrados casos no condado, o superintendente das escolas públicas anunciou o fechamento de todas as escolas públicas. As escolas particulares e paroquiais seguiram o exemplo.
Na mesma semana foram fechados bares e restaurantes e gradativamente todo o comércio não essencial, continuando até hoje (17/04/20).
Seguindo o exemplo do condado de Jefferson todas as escolas e universidades do estado foram fechadas. As aulas presenciais foram substituídas por aulas online.
Hoje nosso condado tem em torno de 600 casos de Covid e o estado tem em torno de 2 mil.
Esse número é muitas vezes menor do que os dos estados vizinhos. Alguns afirmam que seja por consequência do precoce isolamento social adotado no kentucky.
Impactos no trabalho
As escolas públicas do condado de Jefferson ficaram paradas por 3 semanas. Enquanto isso, a administração e professores trabalharam para criar currículo online, organizar a distribuição de laptops para 1/4 dos alunos do distrito escolar, pois cerca de 25 mil famílias não possuíam nenhum aparelho.
Companhias de Internet ofereceram acesso gratuito a estudantes que não tinham. Durante todo esse período, as escolas públicas ofereceram e continuam oferecendo 2 refeições diárias a quase 8 mil crianças carentes, em sistema de drive through para manter o isolamento social.
Impactos na vida diária
A epidemia teve um impacto enorme na minha vida! Primeiramente como mãe, tentando criar uma atmosfera educacional em casa, com filhas em idade escolar e necessidades emocionais bem diferentes.
Ao mesmo tempo, recriando uma nova forma de ensinar música a distância para meus alunos. Nunca pensei que um dia teria que ajudar um aluno a afinar seu violino numa conferência de vídeo.
Estamos chegando ao final da 5o semana de quarentena e a 2o com online school em Louisville.
Ganhos e avanços
Aprendi muito sobre a internet nesse curto período, algumas coisas vou continuar usando depois que tudo isso acabar, como softwares de música para ensinar. Alguns deles são espetaculares! Mas serão complementares!
Sonhos para depois
Não vejo a hora de poder encontrar meus alunos de novo! Encostar nas mãozinha deles, ajeitar a posição de tocar… Não vejo a hora.
Quando tudo isso passar, e quando será? Não sei. Gostaria de fazer uma viagem para qualquer lugar, com muita gente!
Uma praia talvez! Hoje em dia, até uma ida rápida ao supermercado, com máscara e luvas, já me dá um pouco de alegria!
Ah, praia, um dos meus lugares preferidos para relaxar. Uma super dica que lhe dou é Guarajuba para curtir suas férias, lugar lindo, de muita natureza e beleza!
Case 2 – Uruguai/ Montevideo
Quem: Marina Porto (32)
Instagram: @marinamp
Eu, meu esposo e minhas 2 filhas vivemos em Montevideo há 3 anos. Viemos em função do trabalho do meu esposo, nos adaptamos adequadamente e estamos aproveitando muito a experiência.
As estações em Montevidéu são bem marcadas: verão muito quente, inverno muito úmido. Durante o ano, há mais meses frios que quentes e a melhor estação para turismo histórico e enoturismo é a primavera.
Como tudo começou
No dia 13 de março foram identificados os 4 primeiros casos de covid-19 no Uruguai. Nesse mesmo dia o presidente definiu fechar as escolas, parar a construção civil, os eventos públicos e as atividades não essenciais.
Durante a semana seguinte, o país praticamente parou. O comércio e as pessoas, de uma forma geral, atenderam ao apelo do isolamento social.
As fronteiras com Argentina e Brasil foram fechadas, os voos provenientes da Europa foram cancelados. Só uruguaios podiam entrar. Um mês depois do início da pandemia, algumas atividades começaram a ser retomadas
Impactos no trabalho
Sou professora universitária e meu trabalho foi totalmente impactado pelas medidas do governo. Desde a identificação do primeiro caso, a universidade está fechada.
Tivemos 1 semana para adaptar uma nova metodologia de educação e estamos há mais de um mês dando aulas à distância. A expectativa é que não voltemos à universidade este semestre.
Os professores foram transferidos para uma modalidade de seguro parcial de desemprego. Não reduzimos o volume de trabalho, mas nosso contrato e salário está parcialmente alterado.
Impactos na vida diária
As ajudas que tínhamos em casa também foram drasticamente reduzidas, e isso nos leva a ter que cuidar de tudo: casa, crianças e demandas do trabalho, em um mesmo ambiente. Nas primeiras semanas foi caótico, mas depois fomos conseguindo estabelecer uma rotina.
Estávamos planejando receber familiares em maio e junho, mas tivemos que cancelar as reservas. Eu tinha também a expectativa de viajar para congressos na Europa neste ano, mas todos os eventos foram suspensos.
Ganhos e avanços
Acredito que o isolamento social nos deu a oportunidade de olhar para dentro de nossas famílias e de nós mesmos. Um processo difícil, as vezes cansativo, mas que certamente terá um impacto futuro positivo de aproximação e valorização da família.
Sonhos para depois
Quando tudo isso passar, porque tenho a esperança de que vai passar, quero ir ao Brasil visitar, abraçar e beijar minha família e meus amigos
Caso 3 – Canadá/Toronto
Quem: Juliane Kennedy (41)
Olá, meu nome é Juliane sou nascida em Brasília-DF, a cidade que tem um dos céus mais espetaculares do mundo!
Moro na cidade de Toronto, província de Ontario, Canadá, com minha família. Aqui está muito frio, de vez quando ainda nevando e bastante vento. Apesar da primavera já ter entrado no calendário, o inverno parece não querer ir embora.
Sempre tive vontade de morar fora do país, na minha primeira viagem ao Canadá conheci o amor da minha vida. Depois de algumas idas e vindas, larguei tudo e mergulhei na melhor aventura da minha vida.
Comecei tudo do zero! Minha ideia era que se eu não me adaptasse, voltaria. Não foi fácil ficar longe da minha família maravilhosa e de meus amados amigos. Mas, com o apoio, o amor e o cuidado do meu esposo, o carinho dos meus novos amigos e da igreja, passei por todas as fases de adaptação.
E nisso já se vão 13 anos e 2 filhas. Vou ao Brasil com bastante frequência, à trabalho e de férias e, minha família também está sempre por aqui.
Como tudo começou
Dia 11 de março a pandemia foi declarada, dia 12 as escolas fecharam e os programas em todos as organizações de saúde foram cancelados. No dia 17 o Governo da província de Ontário anunciou estado de emergência e ordenou o fechamento de muitas empresas, bares, cinemas, academias e escolas particulares. Ajuntamento de mais de 50 pessoas também foram proibidos.
Dia 18 o Governo anunciou os pacotes de ajuda. O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou uma série de benefícios econômicos para as pessoas afetadas pelo COVID-19, ou por problemas econômicos que ele causou.
Nas semanas seguintes, esses programas foram desenvolvidos e começaram a aceitar candidatos online. A partir de 25 de março, qualquer pessoa que retornasse ao Canadá era legalmente obrigada a ficar 14 dias em quarentena.
No início de abril, houve um surto e diversas casas de idosos e pessoas com deficiência foram afetadas, algumas com a morte da metade de seus residentes. Hoje (25/04) a quarenta continua para todos e as medidas são cada dia mais restritivas. Temos agora 43.873 casos confirmados e 2.302 óbitos.
Impactos no trabalho e na vida diária
Muita coisa mudou. Precisamos agora adaptar nossa vida de trabalho remoto com as atividades escolares das crianças. Alternando os dias que trabalho de casa com o meu esposo, que também trabalha em um dos setores considerado essencial.
Temos filas gigantes para entrar nos supermercados com marcas no chão, de 2 metros de distância para cada pessoa. A maioria da população está usando máscaras e luvas.
As minhas viagens de trabalho foram canceladas e contratos colocados on-hold. Um dos meus clientes atua no setor de saúde e por isso eu preciso estar fisicamente presente, na linha de frente.
Dois meses antes da epidemia acontecer, todos os funcionários desta organização de saúde foram treinados dentro de “pandemic plan”; caso viesse a acontecer a epidemia.
Fizemos diversos cursos, treinamentos obrigatórios, simulações e tivemos que estudar muito sobre o assunto, pelo fato de que nossos mais de 4.000 pacientes fazem parte do grupo de risco.
Na semana em que foi declarada a epidemia e as escolas fecharam, já estávamos todos a postos, conforme havíamos sido treinados e sabíamos como proceder.
Todos os nossos papéis e horários foram alterados. Começamos a alternar o trabalho remoto e in-person. Mudei todos os meus programas para o modo virtual.
Ganhos e avanços
Primeira lição positiva foi que coloquei em prática todas as aulas e conselhos do meu pai, sobre ‘planejamento e de nos prevenir’ como nunca antes. “Sim pai, temos alimentos estocados para pelo menos um mês” dizia ao telefone diariamente ao meu amado pai.
Desde o início tivemos um sentimento de muita tranquilidade e paz e ficamos atentos às reação das crianças. Eu não tive medo em momento nenhum, apesar de estar face-à-face, quase que diariamente, com pacientes que testaram positivo ou com sintomas.
Fiquei muito triste pelas vidas afetadas e levadas por causa do COVID-19, e comovida por ver milhares de pessoas perdendo seus empregos, sem rumo, desesperançadas e passando fome. Faço o que posso para ajudar as pessoas ao meu redor, que tenho conhecimento que precisam.
A minha impressão e sentimento é que a vida está em pausa, com um propósito maior. Está nos dando a oportunidade de sermos mais gratos, refletir e focar no que realmente importa, amando mais o próximo, sendo mais generosos e criativos no meio de situações inesperadas e fora do nosso controle.
Apesar da fase de adaptação e, da saudade que dói do vovô e da vovó, dos tios, primos, amigos – (graças a Deus pelo FaceTime/zoom meetings!), temos tido momentos preciosos em família e visto a vida com outra perspectiva.
A vida é muito frágil e precisamos voltar ao verdadeiro sentido para o qual fomos criados.
Sonhos para depois
Quero ir direto para os braços dos meus pais. Ou para casa deles ou para alguma praia, mas o que importa é qualquer lugar que eles estejam.
Caso 4 – Dinamarca/Esbjerg
Quem: Júlia Viana França de Araujo (40)
Eu, meu marido e 2 filhos moramos 2 anos em Copenhagen e estamos há 3, em Esbjerg. Viemos para Dinamarca por trabalho, meu marido atua na indústria de óleo e gás.
Como tudo começou
O primeiro caso de coronavírus foi no final de fevereiro, em Copenhagen. Em Esbjerg cerca de 3 semanas depois. Muitos dinamarqueses fazem férias no norte da Itália, para esquiar, de onde se originou o contágio.
O governo começou a monitorar de perto a evolução dos casos. Rapidamente, a primeira ministra comunicou medidas para redução da atividade social, evoluindo para isolamento social.
Tudo foi fechado, somente hospitais, farmácias e supermercados ficaram abertos, com protocolos a serem seguidos. As empresas adotaram home office e as escolas pararam.
Impactos no trabalho e vida diária
Estamos em casa há mais de 1 mês (em 22/04/20), saindo eventualmente para fazer compras de mercado. Tem sido bem difícil e estranho estar longe de nossos amigos próximos, aqui na cidade.
Meu marido está trabalhando em casa e continua muito ocupado. É difícil manter as crianças entretidas e acompanhar nosso filho de 5 anos nas atividades escolares, em plataforma digital (Seesaw). Estamos sempre preocupados com nossa família e amigos no Brasil.
Estávamos planejando uma viagem de férias no verão europeu, como sempre fazemos, ou uma ida a Dubai para visitar amigos, mas parece que infelizmente isso não acontecerá.
Ganhos e avanços
Apesar de toda a situação e de sabermos que milhares de vidas estão sendo ceifadas, temos tentado refletir nos nossos valores, na família e como nosso tempo é gasto. Um dos pontos positivos é o aumento do número de horas diárias, investidas na família.
Todo dia tomamos café da manhã, almoçamos e lanchamos a tarde juntos, quando meu marido faz uma pausa no home office. Esses momentos juntos têm sido preciosos e sabemos que será um tempo que não vai voltar.
O ritmo de trabalho naturalmente diminuiu e o stress também. O acesso às ferramentas corporativas está mais limitado, os deadlines estão mais relaxados e flexíveis, as horas trabalhadas reduziram. Estamos mais calmos!
A Primeira Ministra encorajou a população a sair, em áreas abertas, para caminhadas com a família, respeitando-se o distanciamento, quase diariamente fazemos isso. Quando teríamos a oportunidade desse tempo juntos, num período de rotina normal? Dificilmente.
Diferenças entre países
Temos muita preocupação com o Brasil. A Dinamarca é um país muito pequeno e com a maioria dos seus problemas resolvidos. Sociedade muito igual, pouquíssimos gaps sociais.
Sabemos que nosso querido Brasil é diferente, um país imenso em todos os sentidos. Com grande parcela da população muito frágil, sem recursos e expostas não somente à uma crise sanitária, mas também econômica. Grande desafio para todos os países é administrar esses dois lados, com sabedoria.
Quando relaxar o isolamento? Como fazer o relaxamento? Começando por quem? Quais setores da economia? Enfim, um grande desafio para todos nós.
A Dinamarca está começando (abril) a relaxar a quarentena bem aos poucos. Esperamos que a evolução do vírus esteja sendo bem monitorada e que todos fiquem bem.
Será que ainda veremos mais para frente uma nova pandemia que nos fará pausar do jeito que estamos nos dias atuais? Bem, tomara que não!
Caso 5 – Suíça/Genebra
Quem: Nadia Leal Adghirni (35)
Mudei para a Suíça em 2008 para fazer mestrado em Marketing, na Universidade de Lausanne, acabei casando com um suíço e ficando aqui. Hoje trabalho no setor de relógios, na area de estudos de mercado, algo tipicamente suíço…
Como tudo começou
Aqui a epidemia de coronavírus começou na semana de 16 de março, o país inteiro passou para o que chamamos de semi-confinamento. O governo federal recomenda que a população somente saia de casa para ir ao supermercado ou médico, respeitando distância de 2 metros uma das outras.
Reuniões de mais de 5 pessoas são expressamente proibidas, várias multas já foram dadas por policiais em função disso. Porém, aqui não existe um controle severo nas ruas como acontece nos países próximos (França, Itália, Espanha) onde é preciso preencher um formulário antes de sair de casa.
O governo suíço diz confiar no bom senso da população. Até aqueles que saem para correr ou praticar esportes outdoor não são mal vistos, se estiverem sozinhos.
Todo o comércio, com exceção dos supermercados, estão fechados (20/04) e o impacto econômico nos pequenos negócios tem sido muito duro.
Impactos no trabalho
A empresa para a qual trabalho está praticando o home office pela primeira vez. Não havia o suporte tecnológico necessário, no dia em que tivemos que começar.
Os primeiros dias foram complicados e pouco produtivos por conta dos bugs no sistema. Agora, depois de 4 semanas vivendo essa experiência, todos se acostumaram e um ritmo novo de trabalho foi estabelecido.
O maior desafio é para aqueles que têm filhos pequenos (não é o meu caso), que precisam conciliar as tarefas domésticas, o acompanhamento escolar e a vida profissional ao mesmo tempo. Na maioria das conferências telefônicas, escutamos as vozes dos pequeninos que estão ao redor dos seus pais….
Impactos na vida diária – medos
Sinto falta das minhas viagens que eram frequentes (finais de semana em outras cidades europeias) e de encontrar os amigos em restaurantes e barzinhos. Também acho difícil estar longe da minha família nessa hora, porque tenho receio que alguém adoeça e eu me sinta impotente aqui tão longe.
Tive medo de adoecer também e não ter ninguém da minha família por perto para me reconfortar psicologicamente. Graças a Deus, minha mãe, que mora em Porto Alegre, tem tomado os devidos cuidados e todos os parentes permanecem bem.
Ganhos e avanços
Sobre a vida pós-Coronavirus? Tenho tendência a acreditar que tudo voltará ao normal em questão de alguns meses…o ser humano tem memória curta e seus hábitos não irão mudar num espaço de tempo relativamente curto.
Talvez, a mudança positiva esteja na parte tecnológica, como o avanço do sistema para home office.
Sonhos para depois
Ainda não sei qual será minha próxima viagem, mas gostaria muito de ir a uma bela praia, tomar um banho de mar e deixar para trás essa experiência de pandemia…
Quando tudo isso passar, e vai passar, que tal curtir a natureza na bela Praia dos Amores, no Balneário de Camboriú?
Caso 6 – Áustria/Viena
Quem: Valéria Valentim (47)
Moro em Viena com o meu marido e meus 2 filhos de 8 e 10 anos.
A Áustria tem 8 milhões de habitantes e Viena tem 2 milhões, portanto é um país pequeno, mas muito visitado por turistas do mundo todo.
Como tudo começou
O primeiro caso confirmado do Coronavírus em Viena foi em 26 de fevereiro. No início da segunda semana de março museus, teatros, cinemas, salas de concerto, que são mais de 100, igrejas, ou seja qualquer tipo de local que pudesse ter aglomeração, já estavam fechados.
Em 15 de março nos encontrávamos em lockdown. Segurança, saúde, limpeza urbana, ou seja, serviços essenciais continuaram trabalhando. No comércio somente mercados, padarias, farmácias e tabacarias.
A Áustria tem 29 leitos de tratamento intensivo para cada 100.000 habitantes. Não houve problemas em acolher os casos mais graves.
O governo afirma que fez muitos testes, mas conheço 2 famílias que tiveram a doença sendo que só uma pessoa de cada família (uma de 3, a outra de 5 pessoas) foi testada.
O que nos leva a crer que temos números subestimados de casos confirmados. Números oficiais de 18 de março são 14 mil positivos e 430 mortes.
Impactos na vida diária
As áreas de recreação infantil foram isoladas. Só era permitido caminhar e correr ao ar livre. Foi instituído multa para quem fosse encontrado na rua com pessoas de fora do seu ciclo de convivência familiar. Eu presenciei policiais incentivando pessoas sentadas nos parques a voltarem para casa.
Aqui é comum as pessoas frequentarem diariamente o supermercado. As geladeiras são pequenas e não havia o costume de estocar, mas tudo mudou. Rapidamente as pessoas aprenderam a comprar o suficiente para uma semana inteira, com o objetivo de se expor cada vez menos.
O transporte público continuou funcionando perfeitamente, porém quase vazio! Pouquíssimas pessoas saíram de casa neste último mês.
Meus filhos estão com aulas online desde 15 de março, pois frequentam escola particular. O ensino público não disponibilizou nenhum acompanhamento escolar.
Ganhos e avanços
Acredito que o grande impacto positivo está sendo a convivência familiar. Aprendemos a dividir o espaço com criatividade. Estamos mais próximos e solidários.
A divisão de tarefas domésticas trouxe também reconhecimento do trabalho que dá ter tudo organizado, comida boa, casa limpa…. todos estão colaborando muito!
Na última terça-feira, dia 14 de abril, após 1 mês de lockdown, o comércio voltou a funcionar parcialmente.
A previsão é de tudo voltar a funcionar na primeira semana de maio, com ressalvas significativas de comportamento:
⇒uso obrigatório de máscara em ambientes fechados,
⇒distância de 2 metros entre as pessoas que dividem ambiente de trabalho,
⇒ revezamento semanal da quadro de funcionários, entre outras.
Sonhos para depois
Quanto a viagem, temos programado férias de julho para Grécia. Estamos torcendo que dê certo!
Por enquanto, mensagem principal continua sendo: fique em casa!
Caso 7 – Portugal/Porto
Quem: Alex Mendes Vasconcelos (33)
Instagram @lxmv
Moro em Porto, Portugal desde setembro de 2019, vim para realizar um Mestrado em Ensino na Universidade do Porto. Sou professor licenciado da rede pública de ensino do Distrito Federal.
Como tudo começou
Coincidentemente, o primeiro caso do Coronavírus em Portugal aconteceu no Porto, no dia 02 de março, com um jovem da minha idade que veio da Espanha.
A primeira ação governamental foi esclarecimento e divulgação de medidas básicas de higiene que a população deveria seguir, a partir de então.
Em seguida foram fechadas as Faculdades de Farmácia, por apresentar um caso, e a de Medicina, para preservar os profissionais de saúde para o que viria a acontecer.
Com o avançar dos casos, escolas e faculdades foram sendo fechadas, iniciando o incentivo ao isolamento voluntário, inclusive com ajuda financeira.
Ao perceber o agravamento da situação na Itália e Espanha, o Presidente fechou a fronteira terrestre e também os aeroportos, restringindo a locomoção apenas para repatriamento e transporte de mercadorias.
No dia 18 de março o governo decretou estado de emergência que ainda está em vigor (16/04). Essas atitudes tiveram bons resultados e hoje Portugal é visto com sucesso na luta contra o vírus, se comparado a outros países da Europa ocidental.
Impactos no trabalho
Sob o ponto de vista pessoal, com o fechamento da Faculdade de Letras, local onde realizo meu mestrado, passamos a ter aulas online e isso teve e tem um grande impacto na rotina da aprendizagem.
Esta nova metodologia exige um período de adaptação dos meios que possibilitam o estudo e também um ajuste pessoal no que tange à organização, disciplina e foco.
Impactos na vida diária
Todas as academias foram fechadas, impossibilitando a manutenção dos meus treinos. Um plano frustrado foi minha viagem ao Brasil na Páscoa, uma vez que todos os vôos foram cancelados.
Ganhos e avanços
Percebo que dentro de nossas casas começamos a valorizar pequenas coisas que às vezes nos passavam despercebidas no dia a dia, como andar na rua e sentir o sol na pele, conversar com os colegas à espera do próximo transporte ou até mesmo acordar cedo para algum compromisso externo.
A sensação que tenho é da urgência da substituição do egoísmo e individualismo pela cooperação: pensar que minha ação pode reverberar de forma positiva ou negativa em outro ponto do planeta.
A natureza mostra em seu esplendor a trégua que a epidemia nos obrigou a lhe oferecer. No Douro, as águas estão mais transparentes e o verde ainda mais exuberante. São muitos pensamentos.
Sonhos para depois
Meu maior desejo quando isso tudo passar é encontrar meus pais, familiares e amigos, aqui ou lá em Brasília. Nas férias também gostaria de conhecer outros lugares da Europa que ainda não conheço: Berlim, Mikonos ou Londres. Quem sabe?
Viajar é se alimentar de descobertas!!! Logo vamos poder conhecer outros lugares de novo. Que tal descobrir 13 atrações de Berlim?
Caso 8 – Espanha/Madri
Quem: Wanda Mara Costa de Melo
Moro em Madri. Mudei-me para a capital da Espanha em fevereiro de 2018 por motivo de trabalho. Minha família veio junto comigo.
Meu marido é aposentado, minha filha mais velha veio fazer mestrado, minha sobrinha chegou depois para estudar espanhol e a nossa assistente de nacionalidade marroquina nos acompanha há 6 anos.
Como tudo começou
A vida em Madri seguia seu fluxo normal quando minha filha chegou em casa da Universidade, avisando que as aulas estavam suspensas e que o motivo era o elevado número de contaminados pelo coronavírus.
Cinco dias depois (13 de março) o decreto real da quarentena foi assinado. Ato seguinte, o governo espanhol organizou as forças policiais, militares e pessoal de saúde para que as decisões fossem cumpridas. Foram duros e implacáveis com quem ousou descumprir o confinamento.
Impactos no trabalho
Desde o início da quarentena tenho trabalhado em casa. Meu trabalho consiste em prestar assistência consular a brasileiros no exterior. Fui presencialmente ao Consulado umas 3 vezes, apenas.
Impactos na vida diária
Na primeira quinzena, somente supermercados e farmácias podiam abrir. Consultas a médicos foram feitas pela internet. Táxis e ônibus também tinham permissão para circular com frota reduzida.
O final da primeira quinzena foi muito difícil porque o número de pessoas falecidas divulgadas na imprensa permanecia inalterado.
A cidade de Madri foi a mais castigada pelo vírus. O número de contaminados e de falecimentos era mais altos aqui e na região da Catalunha.
Fazia muito frio e não conseguíamos nos coordenar para ter uma rotina. Na terceira semana conseguimos nos estabilizar.
Ganhos e avanços
Creio que a pandemia da COVID-19 me ensinou que necessito de menos coisas materiais para ser feliz. Bem menos que acreditava.
Tempo é algo que sobra na quarentena. Tive a oportunidade de rever fotos de antigas viagens e valorizá-las ainda mais.
Meu aniversário foi no dia 10 de abril em pleno confinamento. Para comemorar, fiz umas fotos que mostram a avenida Paseo de La Castellana, que sempre é muito movimentada, e que estava deserta.
Sonhos para depois
Pensar em viajar é algo que me apavora por causa da inexistência ainda da vacina. Mas eu escolheria um tipo de turismo com mais contato com a natureza, não seria praia.
Sim, começar as viagens por lugares de natureza é uma excelente opção. Nosso Brasil é muito rico em paraísos naturais. Veja as belezas e o que fazer na Serra do Cipó, cachoeiras e lagoas maravilhosas!
Caso 9 – Itália/ Bra
Quem: Guilherme Lobão (39)
Moramos eu, minha esposa, Adriana, e meu filho, Teodoro, há quase 9 meses, na região do Piemonte, na Itália, especificamente na cidade de Bra, conhecida por ser a sede do movimento Slow Food. Estou aqui para complementar meu doutorado na Universidade de Ciências Gastronômicas.
A cidade de Bra corresponde ao Lago Norte, de Brasília, onde cresci. Mesma dimensão e população e fica a uma hora de Turim, capital piemontesa, e 3 horas de Milão, na Lombardia, epicentro europeu da pandemia da Covid-19.
Como tudo começou
Aqui era Carnaval, mais ou menos dia 26 de fevereiro, quando o governo das regiões ao Norte da Itália, como a nossa, anunciaram o cancelamento das atividades carnavalescas e também, as aulas.
Depois seguiu-se o completo lockdown, à media em que a Itália se tornava o maior foco, no mundo, da doença, em boa parte, graças à demora no enfrentamento da crise no início.
Neste momento (28/04), o Piemonte é a terceira região com maior número de casos (quase 25 mil infectados e 3 mil mortos, para apenas 1/3 de pessoas recuperadas).
Impactos no trabalho
O maior impacto na minha pesquisa de doutoramento foi devido ao fechamento das bibliotecas. Quando do lockdown, tinha planejado pesquisar em bibliotecas em Milão e Gênova, o que não pude fazer. Também não consegui fazer minha pesquisa de campo.
Mas como a maior parte do meu trabalho é escrever (a tese e para veículos de comunicação), a rotina mudou pouco. Em vez de ir para a universidade ou para um café, permaneci em casa.
Impactos na vida diária
A pandemia por um lado nos fez mais próximos como família, uma vez que forçadamente minha esposa e eu nos tornamos além de pais do nosso filho, professores de tudo que ele fazia: escola, basquete e artes.
Para atravessar este período criamos uma rotina, que consistia em manter o foco em estudo e trabalho de segunda a sexta, com sábado e domingo para descansar. Além disso, acordamos cedo, trocamos de roupa e seguimos a vida como se fosse a de antigamente.
Ganhos e avanços
Aprendemos mais sobre paciência, vida familiar, vida espiritual e em curtir as pequenas coisas: como um belo dia de sol ou passar um dia chuvoso debaixo das cobertas assistindo Netflix em família.
Sonhos para depois
Teodoro, nosso filho, está doido para mergulhar numa piscina e andar de bicicleta. Para nós, acho que os sonhos mais modestos também são o que há de mais importante neste momento: encontrar amigos e família, abraçá-los, comer num restaurante, entrar numa sala de cinema. Viajar? Acho que para a praia, mas não será prioridade neste momento.
Caso 10 – Índia/Lucknow
Quem: Juliana Rodrigues (39)
Chegamos no final de janeiro deste ano. Já no aeroporto percebemos o movimento em relação à prevenção quanto ao Covid-19, uma vez que existiam filas especiais para passageiros que chegavam da China e arredores.
Como tudo começou
Iniciamos nossa reclusão em 24 de março, a pedido de Narendra Modi, primeiro ministro da Índia. Ainda não tínhamos tantos infectados, eram 482 casos e 10 mortes. Mesmo assim, Modi fez uma live dizendo que precisávamos seguir o exemplo de lockdown dos outros países, antes que fosse tarde demais.
A Índia possui mais de um bilhão de habitantes que vivem em grandes conglomerados. Paulatinamente o primeiro ministro foi aumentando os dias de reclusão. A princípio, ficaremos em casa até o dia 3 de maio. Vale ressaltar que a Índia é muito diversa, cada estado adotou procedimentos próprios.
Impactos no trabalho
Mesmo nossa rotina tendo mudado completamente, temos tido bom acesso à internet e conseguido estudar o idioma. Nossos filhos estão tendo aula todos os dias da semana também. O indiano tem jornadas extensas de estudo, logo, estudamos praticamente o dia todo.
Impactos na vida diária
Demoramos um pouco para entender a dinâmica do país, pois estamos há poucos meses aqui. A ordem de Modi foi para fechar todos os estabelecimentos, inclusive os que vendem alimentos. Ficamos meio perdidos, não sabíamos como seria para adquirirmos itens essenciais, especialmente para nossos filhos.
Colocaram barreiras policiais, guardas por todos os lugares, para impedir que as pessoas saíssem de suas casas. Mas… logo percebemos a boa intenção do ministro e a boa disposição dos indianos em nos ajudar. A polícia de nossa cidade, colocou-se à disposição (moramos do lado da delegacia da cidade), já que somos estrangeiros, e talvez tivéssemos dificuldades de transitar por aqui.
Também fomos descobrindo em nosso próprio bairro formas de adquirir os alimentos que precisávamos. De certa forma, temos nos sentido tranquilos neste momento complicado.
Ganhos e avanços
O que entendemos com este momento? Que ele vai passar e que precisamos aproveita-lo da melhor forma. Deixando aflorar a criatividade nos estudos, nas brincadeiras, na cozinha… Deixando o bom humor prevalecer, pois não são momentos fáceis, mas podem ser bem vividos.
Sonhos para depois
Caso 11 – Tailândia
Quem: Ana Cecília Granja Vila Nova (32)
Moramos na Tailândia desde fevereiro de 2017 , envolvidos em projeto missionário na área de futebol. Somos eu, meu esposo, nosso filho e nossa filha.
Como tudo começou
O primeiro caso do vírus, fora da China, foi aqui na Tailândia, dia 13 de janeiro. Logo em seguida, voos foram cancelados e nas maiores cidades as pessoas passaram a usar máscaras, álcool em gel, além de terem a temperatura conferida ao entrarem em estabelecimentos comerciais.
Alguns costumes culturais auxiliaram na contenção do contágio, como o cumprimento que é sem contato físico (a pessoa mais nova une as duas mãos e curva a cabeça à pessoa mais velha, que pode responder com o mesmo gesto ou apenas com a fala: “Sauadikaa/kap”). Outro costume que ajudou foi deixar os calçados nas entradas das casas e até de alguns comércios.
Até o fim de fevereiro, o número de casos registrados era relativamente baixo. No início de março a contaminação aumentou consideravelmente e foi atribuída a um evento de Muay Thai, em Bangkok. A última atualização (24/04) eram 2.854 casos e 50 mortes com diagnóstico confirmado.
Impactos na vida diária
Recentemente, nos mudamos de cidade, após o término do primeiro nível de idioma na cidade em que morávamos. Encontramos uma casa logo na primeira semana de busca, o que foi uma grande bênção, pois vimos repercussões do vírus em diferentes áreas. O estado de emergência foi decretado na semana em que nos mudamos.
Mobiliamos boa parte de casa graças à internet. O projeto de futebol ainda não pode ser iniciado devido ao distanciamento social. A alta do dólar afeta nosso sustento mensal.
Eu já pretendia alfabetizar meus filhos em português e em casa, mas quero colocá-los em escola tailandesa em tempo parcial. Com as escolas fechadas até julho, tivemos que adiar também este plano.
Vivendo assim, adiando grandes planos e pequenas compras que deixamos de fazer para evitar saídas desnecessárias, acredito que vamos ressignificar o que é essencial.
Sonhos para depois
Espero também que repensemos a maneira que temos cumprido nossa responsabilidade individual e coletiva de cuidado com a criação de Deus, essa natureza tão maravilhosa.Quando isso passar, as paisagens estarão ainda mais belas esperando por nós. Que usemos esse tempo de reflexão para que também estejamos melhores para elas.
Falando em viagens, as passagens que mais quero no momento são as dos meus pais vindo nos visitar. As crianças vão mudando rápido e em nossos planos eles já estariam prestes a vir. A saudade é grande, mas sou muito grata a Deus pela internet que diminui a distância e por saber que ambos estão saudáveis e bem supridos.
Não nego, porém, que estou curiosa para conhecer uma pequena ilha chamada Koh Samui que fica a 4 horas da minha nova cidade. Como bem disse Salomão, há tempo para todas as coisas. Este é o tempo de apoiar quem mais precisa. As viagens terão que esperar, mas nem por isso deixaremos de crescer e aprender.
Caso 12 – China/Guangdong
Quem: Lukas Moon
Saudações! meu nome é Lukas Moon. Meus pais são brasileiros, nasci nos Estados Unidos e me senti chamado a trabalhar e viver China, para onde me mudei, em 2012.
Em 2013, mudei-me para a província de Guangdong, para trabalhar como professor universitário. Lá , em nossa igreja, conheci minha esposa, Maggie. Estamos casados desde 2016 e nosso filho Elias, nasceu em 2019.
Nossa vida na China tem sido maravilhosa, pois temos fortes amizades, uma boa igreja, bons empregos e um belo apartamento em uma cidade que amamos.
Como tudo começou
A primeira vez que li sobre o COVID-19 foi em janeiro de 2020. Naquela época, se aproximava o ano novo chinês e, portanto, minha escola já estava de férias. Nós havíamos viajado à cidade natal de minha esposa, na província de Fujian.
Antes de termos sequer ouvido falar sobre o vírus, havíamos comprado passagens para Miami, Estados Unidos, onde meus pais moram. Passaríamos a segunda metade das férias de inverno com eles.
Alguns dias depois as pessoas começaram a falar cada vez mais sobre o vírus e decidimos começar a nos isolar, por precaução. Quando deixamos a China, em 28 de janeiro, rumo aos Estados Unidos, as coisas estavam começando a piorar.
Nossa estadia nos Estados Unidos nos deu um breve espaço de tempo, livres de preocupações. De fato, nos sentimos culpados porque continuamos pensando em nossos amigos e na família de minha esposa, que estavam confinados em casa, na China, enquanto o número de casos aumentava.
Continuamos orando por eles e ficamos muito aliviados quando os novos casos começaram a cair. Então, histórias sobre Coréia, Itália e Irã foram noticiadas por toda parte. Rapidamente, os casos nos Estados Unidos começaram a aumentar.
Impactos no trabalho
O próximo choque que nos atingiu foi que minha escola me informou que eu não teria permissão para retornar à China até que a situação nos Estados Unidos melhorasse.
Sou grato a Deus por ainda poder dar minhas aulas on-line, o que significa que ainda recebo um salário para sustentar minha família.
O maior desafio é para minha mãe, que é enfermeira em um hospital. No momento, ela não precisa cuidar dos pacientes com COVID-19, mesmo assim oramos e ficamos preocupados todas as vezes que ela precisa ir ao hospital.
Impactos na vida diária
Assim que soubemos que havia um caso em Miami, optamos, mais uma vez, por nos isolar. Paramos de receber visitantes em nossa casa, assistimos à igreja online e só saímos para atividades de emergência. Compramos mais e-books para ler, fazemos ginástica, cozinhamos, trabalhamos e saímos para pequenas caminhadas nas proximidades de nossa casa.
Durante toda essa situação, nosso conforto está em nosso Deus, que é fiel mesmo quando não conseguimos entender o que está acontecendo. Meus pais foram gentis conosco e felizes por ficarmos aqui por mais tempo. Todos os dias, dou aulas, cuidamos de nosso filho e gostamos de vê-lo crescer.
Inicialmente, planejávamos passar três semanas nos Estados Unidos, mas, agora, parece que nosso tempo total aqui pode atingir 6 meses, ou até mais.
Ganhos e avanços
Embora tenha sido um período difícil, também houve bênçãos. Tem sido um momento de reflexão e estudo. Um tempo para considerar como amar e cuidar dos outros quando não é possível vê-los, pessoalmente. Um tempo para contar nossas bênçãos e lembrar onde está a nossa verdadeira esperança.
Também tem sido um tempo para a família. O pastor da minha igreja na China me disse: “você nunca terá tanto tempo com sua família, aproveite ao máximo!” De fato, eu amo todo o tempo que posso ter com meu filho e minha esposa.
Também é bom compartilhar esse tempo com meus pais, e me sinto um pouco melhor, sabendo que se algo acontecer com um deles, Maggie e eu estaremos por perto para ajudar. Vejo como minha fé cresceu e precisa crescer neste tempo.
Sonhos para depois
Esperamos que esse momento difícil passe o mais rápido possível. Continuamos orando pelos muitos que sofrem com o vírus ou devido aos efeitos econômicos do vírus.
Estamos ansiosos para voltar à nossa vida na China, mas estamos orando para sentir como Deus está nos guiando. Ficamos felizes em saber que as coisas estão melhorando na China e, espero que os Estados Unidos também possam experimentar essa melhora.
Por isso, continuamos orando e fazendo tudo o que podemos para permanecer em segurança e nos manter em contato com os outros, acreditando que um novo dia chegará.
Caso 13 – Austrália/Sydney
Quem: Tialles Zerwes (26)
Sou Tialles, morava em Porto Alegre/RS até decidir mudar para a Austrália. Atualmente moro em Sydney (que não é a capital da Austrália, rsrs). Um dos motivos por escolher morar no exterior foi me desafiar, amadurecer e abrir minha mente com experiências do mundo inteiro. Escolhi um lugar que me recepcionasse bem, com bom lifestyle, praia, esportes e muitas oportunidades de trabalho.
Como tudo começou
No início do COVID-19, alguns países começaram a pensar em trancar suas portas, eu esteva nas Filipinas, de férias. As Filipinas estavam fazendo controle de temperatura em todas as áreas de embarque e desembarque, terrestre, marítimo ou aéreo.
Singapura, por onde eu passei, também já estava bloqueando alguns viajantes no aeroporto só pelo fato de serem chineses, independentemente do tempo fora do País.
Eu estava um pouco aflito pois a Austrália poderia fechar a qualquer momento. Quando estava voltando (11 março) fiquei surpreso, pois o controle era o mais simples possível: “Pessoas que passaram pela China com menos de 14 dias, não poderiam entrar no país“. Não me fizeram perguntas, entrei com a maior facilidade. Logo depois isso mudou.
Austrália prorrogou em mais 3 meses para quem estivesse com seus vistos vencendo, evitando o uso de aeroportos. O Primeiro Ministro da Austrália fechou, por 6 meses, todos os serviços não essenciais, bares, eventos, academias e as empresas começaram a trabalhar com home office.
O desemprego aumentou em poucas semanas, muitas pessoas estão procurando emprego. 50% da população da Austrália é estrangeira, dentre elas muitos estão com visto de turista ou estudante. A maioria teve que retornar a seus países de origem, por não encontrar trabalho.
O custo de vida aqui na Austrália é muito alto, principalmente em Sydney. Para terem ideia, um quarto para 1 pessoa custa entre AUS$ 250,00 a AUS$380,00, por semana.
O governo anunciou que iria ajudar somente os que possuem cidadania, o restante, que volte para suas casas, caso não tenham condições para ficar.
Impactos no trabalho
Apesar de muitos estabelecimentos estarem fechados outros estão expandindo seu mercado digital, faturando mais e gastando menos. Mesmo assim é muito difícil uma empresa chamar alguém para fazer uma entrevista, num momento que as pessoas estão de quarentena.
O impacto tem sido grande, não possuem muitas oportunidades de emprego. Todos os que restam são subempregos como, mudança, obra, tele entrega. Agora eu estou trabalhando como motorista de caminhão e entregador de lanches. E, trabalhando em meu projeto de Marketing Digital, que por enquanto, é só investimento.
Ganhos e avanços
“Depois de toda tempestade vem o Sol”, isso não é novidade e não vai ser diferente dessa vez. Pelo fato de muitas empresas terem reduzido ou fechado, abre muito espaço para um novo mercado, um mercado “mais digital” com novas necessidades.
As pessoas estão começando a entender que tudo pode ser feito digitalmente. Estão buscando e utilizando novas ferramentas, seja para trabalho ou para entretenimento.
Além disso a Austrália está “vazia”. Isso significa que quando a demanda retornar, o mercado vai ter que contratar de qualquer jeito. Principalmente para quem está procurando algo na área, como eu (Tecnologia da Informação).
Sonhos para depois
Mundo
24/04 (2.76 milhões de casos confirmados; 194 mil óbitos)
27/04 (3.milhões casos confirmados; 208 mil óbitos)
Brasil
24/04 (52.995 mil casos confirmados; 3.670 mil óbitos);
27/04 (64.161 mil casos confirmados; 4.340 mil óbitos); oitava taxa de letalidade.
Conclusão
Como me senti mais perto de cada um destes velhos e novos amigos brasileiros. Sim, os milhares de quilômetros nos distanciam, mas muitas das emoções e vivências são semelhantes e nos fazem sentir próximos.
Percebemos que as distâncias se encurtaram em nosso Planeta Terra, ao observar que tanto países das Américas como da Europa tiveram seus primeiros casos em fevereiro e março de 2020.
Observamos que, de forma geral, todos os países adotaram os mesmo procedimento – isolamento social! Escolas, comércio, áreas de lazer e cultura foram fechadas, mantendo somente serviços essenciais! Ressalta-se que áreas da saúde, No Canadá já estavam sendo preparadas antecipadamente para enfrentar a epidemia, caso chegasse ao país.
Alguns países adotaram medidas mais duras como multas e exigência de permissão para sair à rua, talvez por terem maior número de casos positivos de COVID-19, pessoas internadas e mortes. A China não permitiu o repatriamento de cidadãos e residentes.
Vale ressaltar que mesmo alguns países desenvolvidos, não estavam preparados tecnológica e metodologicamente para implantar, de imediato, home office, ensino a distância para crianças e acesso à internet aos escolares.
O desenvolvimento tecnológico, especialmente para tele trabalho e aulas virtuais, será um legado desta pandemia. As empresas vão descobrir que podem economizar e vender por meio digital.
Refletindo sobre o relato da cultura tailandesa, talvez nós brasileiros tenhamos que rever nossos hábitos culturais, sobretudo de cumprimento e entrar nas nossas residências com calçados da rua. Difícil com certeza, mas possível! A prática de tirar sapatos para entrar em casa, já adotei desde que meus netos nasceram.
Mas, frente a tudo isso, parece que é unânime o sentimento de que esta pandemia do Coronavirus fez-nos valorizar as pequenas coisas, como o dom da vida, o valor do abraço e de estar perto das pessoas que amamos.
De forma praticamente unânime, o mais importante ganho deste época turbulenta, foi o tempo para o convívio familiar e vai deixar saudades.
Que as bênçãos de Deus recaiam sobre você e sua família, dando-lhes saúde e afastando todos os sentimentos de medo e preocupação! Que o que estamos vivendo neste momento, de forma mundial, nos ensine a sermos mais humanos, solidários e respeitosos, uns com os outros.
Neste tempo de pandemia, o sentido da audição é o que tem sido mais provocado pelas intensas e contínuas notícias dos impactos do Coronavirus, mundo afora. Destaco também, o sentido do tato! Nunca se ouviu tantas pessoas falando sobre o desejo de estar junto e de abraçar os amados de quem precisam estar distanciados…
Agradecimento
Este post “Brasileiros no exterior enfrentam Coronavirus” não teria sido possível se cada um de vocês, amigos escritores, não tivessem entrado comigo nessa!!! Muito obrigada pelo carinho e atenção em dividir conosco seus momentos. Obrigada Renata Dalla Bernadina, minha eterna professora de inglês, querida amiga, pela tradução de um dos textos.
Para refletir
Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu Senhor, me fazes habitar em segurança! Salmos 4:8
Veja Também
Brasileira conta seu drama no combate ao COVID-19, nos EUA
=======================================================================================
Deixe seu comentário aqui ao final deste post, contando para gente a sua experiência. Diz aí se você já foi a Punta del Este e o que achou! Ou se e quando pretende ir!!! Este post foi útil para você?
PLANEJE SUA VIAGEM COM NOSSOS PARCEIROS
Se você gosta de nosso Blog e vai viajar, planeje sua viagem com nossos parceiros. Você não paga nada a mais, em alguns casos até ganha descontos, e nós recebemos uma pequena comissão. Assim você nos ajuda a manter o blog sempre atualizado.
- Reserva de hotéis Booking.com.
- Aluguel de carro RentCars.
- Seguro viagem faça o SegurosPromo. Usando o cupom de desconto para nossos leitores – SYLVIAYANO5 , terá 5% de desconto. Pagando no boleto, mais 5%.
- Cartão de dados e internet EasySIM4U e Viaje Conectado
- Passagens aéreas, para saber qual a melhor época para viajar, use Viajanet
Deixe seu Comentário
Legal perceber que cada país passou por seus desafios e maus momentos, e também que neste momento a ação coletiva conta muito. Vamos torcendo pra que o Brasil passe também por isso com mais empatia…
Sabe, eu pensei muito sobre isso. Estava prestes a começar uma vida nômade e me imaginei passando por isso sozinha em outro país, outro continente. Nesse momento, o Brasil não está sendo um exemplo dos que mais me orgulho no combate à pandemia, mas estar falando português e perto de quem amamos, me pareceu uma melhor opção.
Pra nós que moramos no exterior tem sido mesmo bem difícil lidar com a tensão das medidas sanitárias do local em que estamos e também com a constante preocupação pelos familiares que estão no Brasil.
De um lado fazemos nossa parte, de outro só conseguimos esperar por um milagre no Brasil 🙁
Obrigado por compartilhar estas histórias conosco!
Que bacana ver estes relatos! Acho que fica mais claro pra gente que numa situação de pandemia os desafios estão por toda parte, né? E as mudanças de hábito devem mesmo ter vindo pra ficar.
Muito interessante acompanhar como cada país está vivenciando a pandemia.
Aqui na Austrália os casos estão controlados e estamos na fase de retornar ao “novo normal”, mas mesmo assim bem devagar e com muito cuidado.
Quantas historias! Eu tmb moro fora do Brasil e planejava voltar qnd a pandemia foi declarada. Agora estamos sem saber como será o próximo mês ou quando iremos voltar. O que mais me preocupa é a familia no brasil. Parabens pelo post.
Estamos passando por um momento que exige mudanças e esforços de todo mundo (literalmente inclusive) e as histórias contadas no texto ajudam a ilustrar um pouco isso.
Olá Priscila, obrigada pelo seu comentário. Verdade, este é um tempo nunca vivido e exige de nós várias ações, mobilização coletiva e ajuda mútua. Será muito mais fácil se esta situação servir para unir e não dividir, não é!
Grande abraço e fique bem.
Sylvia Yano
Parabéns pelo post!!! No final, vc amarra bem o texto trazendo de volta o que quase todos ressaltaram: o valor das pequenas coisas, como o dom da vida, o valor do abraço e o desejo de estar perto das pessoas que amamos. Beijo.
Obrigada querida! Tudo na vida tem um propósito né! Com todo o sofrimento e perdas deste tempo, que possamos ganhar aprendizados que se perpetuem!!!
Grande abraço
Sylvia Yano
Ótima iniciativa para mostrar que a pandemia causou ansiedade e medo em todos países. No entanto, a pronta assistência governamental provendo meios de uma sobrevivência segura, amenizou o sofrimento.
Olá Rui, que bom encontrar você aqui.
Verdade, um momento de muitos sentimentos que precisam ser vividos e entendidos. Com certeza, uma grande responsabilidade dos governos em conduzir política de preserve a vida e a sobrevivência segura.
Grande abraço
Sylvia Yano
Sylvinha produção linda ! Muito qualificada com uma positiva mensagem … Vou compartilhar muito ✨ Muito bom saber que nossos irmãos brasileiros encontram-se em boa adaptação a este desafio mundial ✨
Querida amiga Andrea, fico feliz com seu comentário, bom que os relatos puderam nos ajudar a ver nossas similaridades e diferenças. Bom mesmo saber que estão, mesmo longe de seu país, conseguindo lidar com as dificuldades que hoje são mundiais, um momento de crescimento para todos.
Grande Abraço
Sylvia Yano
Querida Sylvia, parabéns pelo brilhante trabalho. É muito bom saber como brasileiros estão vivenciando esse momento, em várias partes do planeta. Pude perceber, pelos depoimentos, que “a vida está em pausa, com um propósito maior” (Juliane Kennedy -Toronto). É tempo de pararmos de olhar para os nossos umbigos e refletirmos sobre o que realmente importa. Um a grande abraço e obrigada.
Querida Flora, muito obrigada pela sua leitura e comentário. Estamos descobrindo que essa parada precisa nos fazer refletir sobre o que realmente importa e sairmos desta, mais humanos, agindo como sociedade e não somente como indivíduos, né.
Grande abraço com carinho
Sylvia Yano
Excelente o post, muito bom ler os relatos e ver que independente de onde estamos, esse sentimento de humanidade e solidariedade nos une!
Amada Mayara, obrigada pela sua leitura e comentário, e claro pelo sempre constante apoio. Tomara mesmo né que na dor descubramos o valor e importância da solidariedade e respeito.
Beijo e imenso abraço
Sua mãe, rsrs
Como sempre vc tendo boas ideias, para percebermos o que realmente importa nesta vida. Vivermos gratos por tantas bençãos que Deus nos proporciona, mesmo em meio ao caos.
Querida Vania, obrigada pela sua leitura e comentário. Sim, mesmo nas lutas e sofrimentos temos muito a agradecer por tudo que recebemos, família, amigos, a natureza se recuperando é uma delas, né.
Grande abraço
Sylvia Yano
Parabéns pelo texto e pelos relatos!
Acredito que esse é um momento de olharmos para dentro de nós e para o próximo, de maneira diferente. Não é olhar e não ver, como fazíamos. É como foi dito em quase todos os relatos: ser grato às pequenas coisas, viver o hoje e amar ao próximo como a ti mesmo e mudar hábitos ou desenvolvê-los e valorizar o que temos de precioso e de graça: o ar que respiramos. E com isso , vem a questão de cuidarmos do meio ambiente.
Acredito
Querida Monica, muito obrigada pela sua leitura e seu comentário. Super realidade o que mencionou, é um novo tempo! Tempo de dar valor ao que tem realmente tem valor: vida, saúde, família, natureza e, agradecer por tudo que recebemos, diariamente, que nem nos dados conta, respirar, andar…
Grande abraço
Idéia maravilhosa!!! Relatos reais e autênticos.
Olá Ivani, que bom ter você aqui e saber que gostou dos depoimentos. Muito bom poder ouvir sobre a vida real né!!
Grade abraço
Sylvia Yano
Achei os depoimentos e a organização do questionario excelentes! Parabéns Sylvia!
Além de ser um convite para saber um pouco mais sobre como a pandemia afeta a vidas de brasileiros, fora da nossa terrinha, dá uma visão de como isso os afeta e de como cada governo está atuando ou não.
Concordo com a preocupação manifestada de que no Brasil nossos hábitos e recursos nos colocam em situação frequente de riscos frente a questão da contaminação e da falta de dinheiro para se manter, especialmente por que uma grande parcela da população vive de um tipo de trabalho cuja simples parada significa a falta de comida na mesa. Daí a necessária proteção social, onde/quem puder influenciar.
Tomo apenas a liberdade de discordar sobre uma proposta de mudança no nosso hábito de estabelecer o contato físico. Pois que, abraçar é algo muito bom e positivo para a energia e renovação de nossos laços com os amigos e familiares. Não alteraria, acrescentaria ele ao novo e virtual que tivemos de aprender.
Excelentes abraços físicos e virtuais a todos! E ótimas opções de viagens para a nova era, pós pandemia.
Querido amigo Augusto, agradeço muito a sua leitura de nosso post colaborativo e este ótimo comentário. Sim, acredito que esta pandemia precisa fazer nosso país refletir sobre como conduzimos as questões da saúde, ciência, inovação, trabalho, cadeia alimentícia, moradia e muitos outros. Como sociedade, precisamos nos posicionar, como pessoas, precisamos atentar e agir ao nosso redor, como cidadãos, sermos mais ativos.
Verdade, abraçar é tão bom né, nosso calor humano é conhecido mundialmente, abraço virtual não dá a mesma sensação de carinho, tomara que logo possamos retomar os nossos hábitos, mas teremos que revê-los, eu penso.
Grande abraço
Sylvia Yano
Parabéns, Sylvia, por este post tão edificante. Como é bom ler e conhecer um pouco da história dessas pessoas que estão morando longe do seu país de origem. Me identifiquei um pouquinho com cada uma. Que leitura agradável. Por mais posts assim
Muitos beijinhos
Olá Julia, que ótimo ter aqui seu comentário. Bom mesmo poder ouvir estes depoimentos e perceber nossas similaridades e diferenças, mas sobretudo, constatar que todos estão sendo despertados pelo reais valores na sociedade, né.
Muito obrigada pela sua linda contribuição e por aceitar abrir suas experiências com a gente.
Grande abraço “virtual”para você e sua linda família.
Sylvia Yano
Que lindo post ! bom saber um pouco da realidade de pessoas em diferentes partes do mundo e ver que há em comum uma nova forma de ver a vida, a valorização da família, a identificação do que é essencial.
Parabéns !
Querida amiga Lilian
Que bom receber seu comentário e saber que gostou do post. Precisamos aproveitar os momentos de sofrimento para descobrir o que realmente tem valor, né! Frente a preocupações e perdas, uma oportunidade para sermos melhores como sociedade!
Grande abraço
Sylvia Yano
Muito bacana a idéia deste post.
O mais importante, independente do lugar, raça , etc, o sentimento que todos estamos passando é o mesmo e todos estamos reconhecendo e vivenciando o valor do estar junto, valorizar o que realmente importa e ver que a família é a essência de tudo.
Querida Maria Tereza, que bom ver você aqui e saber que gostou de nossa matéria! Sim, a tônica comum, independente de onde estamos, é estamos perto da família e dos amigos!!!
Que Deus continue a abençoar a sua família!!!
Grande abraço
Sylvia Yano
Gente, que ideia maravilhosa de nos trazer esses relatos. Ao mesmo tempo que emocionam, nos ajudam a entender que estamos todos mais ou menos no mesmo barco. É uma situação completamente diferente de tudo o que já vivemos. Exige muita adaptação e jogo de cintura. Temos que parar pra refletir e internalizar tudo o que estamos passando. Obrigada pois este post me ajudou a fazer esse necessário exercício! Acaba que a nova rotina nos consome e a gente acaba não dando esse tempo a nós mesmos. Obrigada mesmo. Adorei ler cada relato desses.
Rebeca, que bom ler o seu comentário, fico muito feliz que gostou do post e que lhe ajudou a refletir um pouco mais sobre esta nova situação. Um momento de muita análise sobre nosso modo de vida, nosso dia a dia, nossos valores!!!
Grande abraço
Sylvia Yano
Parabéns pelo ótimo post! Os entrevistados citam como ganho na quarentena: o convívio familiar, o amor, a solidariedade… Bom demais ler isto!
Obrigada Quênia por ler nosso post colaborativo e deixar sua mensagem. Momentos de sofrimento nos fazem perceber o que realmente tem valor nesta vida!!!
Grande abraço
Sylvia Yano
Muito bom, parabéns!! Amor pelo próximo, solidariedade, cuidado, doação…momentos como esses que estamos vivendo servem pra nos mostrar, entre tantas coisas, que nossas vidas estão acima de qualquer situação e que juntos, lutando pelo bem comum a todos, somos mais fortes.
Querida Renata, obrigada pelas suas considerações e por sua leitura do post. Concordo com você, acredito que esta seja uma chance importante para revermos, como sociedade, nosso modo de vida, voltado para nosso umbigo, percebendo que todos precisam estar bem para que a sociedade esteja bem!!!
Excelente post! Muito bom saber como outros brasileiros estao se adaptando a essa nossa nova realidade!
Querida Leila, muito obrigada por sua contribuição para o post, contando sua experiência nos EUA. Sim, muito interessante saber como nossos conterrâneos estão enfrentando esta fase tão difícil, né. Temos que estar juntos, mesmo de longe!!!
Beijos
Sylvia Yano
Oi amiga, achei muito interessante o seu post. É muito importante sabermos sobre as situações dos brasileiros e mesmo os amigos que estão fora do Brasil, para quem sabe podermos ajudá-los a enfrentar essa situação.
Querida amiga Haydee, obrigada por estar aqui e deixa seu comentário. Sim, todos estamos passando momentos difíceis, imagino ser muito pior para quem está longe de sua terra natal e de seus familiares.
Grande abraço
Sylvia Yano
A foto de Curitiba é muito bonita. Ruas vazias pir um tempo. Natureza exuberante. Mas já estão furando as orientações de isolamento social pelo estimulo do governo federal ao descumprimento desta medida de controle da pandemia.
Li varios relatos. Achei muito interessante a forma que propôs os questionamentos para os participantes. E como são semelhantes os sentimentos e expectativas em relação a pandemia.
Estranhei a Austria ñ ter disponibilizado aulas on line nas escolas públicas , só as particulares estão tendo. Afinal é considerado um país desenvolvido.
Enqto na Índia a família brasileira tem acesso e está estudando muito….kkk
Mas pareceu em geral que todos se sentem mais seguros que no Brasil. E a maioria como eu não vê a hora de poder viajar. Tive que adiar minha viagem com uma grande amiga para Portugal. Iamos viajar em maio. Parabens Sylvia pela idéia deste post nesta dificil época de pandemia. Bom saber pelo olhar de brasileiros como estão vivendo a pandemia em vário outros paises.
Olá Vania, que bom ver você aqui e receber suas considerações. Nossa Curitiba sempre nos surpreendendo com tanta beleza né! Tomara que logo as ruas possam estar repletas de pessoas aproveitando dessas belezas.
Eu também gostei de ver muita semelhança entre as medidas tomadas nos diferentes países. Mas percebi que mesmo países mais desenvolvidos não estavam tão preparados para aulas online e até para o home office, precisaram de mais tempo para instrumentalizar a população. Percebi também, mais rigor nas medidas de isolamento em alguns países. Os números vão dizer quem acertou mais né. Verdade, tomara que logo possamos retomar nossas viagens para pertinho e para longe, também desmarquei algumas viagens. Tempo de reflexão, novos aprendizados, lembranças de viagens realizadas e valorização da família e amigos.
Grande abraço
Gostei muito do post, saber como se percebe está pandemia em vários lugares do mundo.
Um forte abraço e obrigada.
Lilian Moriani
Olá Lilian, obrigada pela sua presença aqui e por seu comentário também. Legal que vc gostou de saber como nosso irmãs brasileiros estão percebendo a pandemia, mundo a fora.
Grande abraço
Sylvia Yano
Querida Sylvia,
Parabéns pelo post. Gostei de ler os depoimentos e
constatar que cada um está fazendo a sua parte, apreendendo a vencer as adversidades do dia a dia e com um só sentimento: tornarmos pessoas melhores em todos os sentidos.
Um forte abraço.
Querida amiga Aldina, muito bom receber seu comentário. Nas lutas é que crescemos né, saber vencer as dificuldades com fé e alegria é um aprendizado. Estamos todos crescendo com esta experiência. Que possamos realmente nos transformar numa sociedade melhor!!!
Grande abraço
Sylvia Yano
Muito bem feito este post. Revi amigos preciosos. Leitura dinâmica com informações importantes , atuais, que permitiram uma visão de cada realidade , concluída com maestria
Parabéns, Silvinha!
Amiga querida, fico feliz com seu comentário. Pudemos mesmo matar a saudades de muitos de nossos amigos, não é. Melhor ainda saber que estão bem e que Deus os está guardando, assim como a nós aqui, no nosso país.
Grande abraço amiga
Sylvia Yano
É incrível como em todo o planeta o ser humano tem experiências idênticas mesmo inserido em diferentes culturas, regiões e climas.
Todo o mundo vive o mesmo drama em simultâneo!
Gostei do caso do Alex que vive aqui em Portugal, mais por ele e sua família sermos um amigo e termos estado juntos várias vezes.
Um grande abraço e muita saúde para o mundo inteiro.
O ser HUMANO precisa de VIAJAR para CRESCER como ser HUMANO.
Oi Miguel, muito obrigada por deixar aqui seu comentário. Ainda não nos conhecemos pessoalmente, mas, com certeza, você será meu Guia de Turismo na próxima ida a Portugal, espero que ainda este ano, mas se não for possível, será logo.
Alex é um querido e está abrilhantando nossa matéria, como todos os demais escritores.
Sim, este acho que é mais um aprendizado – na dor, somos todos iguais, seja de qual lugar sejamos ou estejamos. As emoções, as dores, os medos… Precisamos aprender dessa igualdade para levarmos para depois da pandemia!!!
Concordo com você, viajar nos dá a oportunidade de descobrir, sonhar, sentir e crescer como ser humano.
Grande abraço meu amigo
Sylvia Yano
Sylvia querida, que ideia maravilhosa! A matéria ficou sensacional. Muito emocionante ler os depoimentos de pessoas tão queridas e tão distantes de nós. Como é bom ver o cuidado de DEUS com cada um. Parabéns. Você é genial. Deus lhe abençoe com muita saúde, paz e felicidade
Querida Laise, que carinho lindo comigo, só posso agradecer. Fico muito feliz que gostou das tantas histórias, emocionante mesmo, muitos deles nossos amados bem de pertinho né, mesmo que longe fisicamente, dentro dos nossos corações!!!
Grande abraço em você e toda a família
Sylvia Yano
Gostei muito desse post ! Parabéns ! Bom demais saber do sentimento de cada um, como estão vivendo esses momentos e como fazem para supera-los ! Todos estamos com o mesmo propósito e vendo que é importante demonstrar a cada dia o nosso amor e ajudar a todos que precisam de apoio. Que saiamos melhores dessa pandemia !
Querida Márcia, que bom que gostou do post. Acho que este sentimento de estarmos todos vivenciado as mesmas emoções nos conforta e a gente vai aprendendo, um com o outro, a superar as dificuldades, não é! Sim, que saiamos melhores!!!
Muito obrigada pelo seu comentário.
Grande abraço!!!
Sylvia Yano
Cara, Sylvia, que lindas mensagens. Fiquei muito emocionada! Obrigada por compartilhar mensagens tão edificantes!
Queria amiga e colega, obrigada pela sua leitura. Entendo que este momento é de termos mesmo muito empatia um com os outros e de aprendermos a ser mais solidários, como sociedade né. Você já tem grande parte nesse processo!
Grande abraço querida.
Sua eterna aluna
Sylvia Yano