Se você visitou Portugal, principalmente Lisboa, certamente ouviu falar dos famoso Pastel de Belém! Talvez também conheça a polêmica sobre Pastel de Belém e Pastel de Nata. Vou contar aqui a minha experiência com esse quitute e a cultura literal do nosso povo irmão!
Pois é, na minha primeira visita a Lisboa, logo ao chegar, fui a um tipo de padaria, em busca do pastel de Belém. A resposta, bem típica de um português, foi NÃO TEMOS PASTEL DE BELÉM!
E pelo caminho fui parando em todo o lugar que me parecia poder ter o tal pastel de Belém. A resposta era sempre igual.
Até que alguém, provavelmente estrangeiro, rsrs, me falou – nós temos o pastel de nata! Explicou que era a mesma coisa que o pastel de Belém! Como assim?
Contou que só poderia ser chamado de pastel de Belém o produzido no bairro de Belém, lá na Casa Pasteis de Belém, os demais eram chamados de pasteis de nata.
Ok, né! Experimentei o pastel de nata e segui para a tão falada e famosa Casa, checar o original kkk. Conclusão, não vi muita diferença, mas claro que vale conhecer o criador da ideia, né.
Firulas a parte, vamos aprender como preparar o Pastel de Belém ou Pastel de Nata, como quiser chamar.
Porção: 9 unidades
Ingredientes:
- 25 gramas de farinha de trigo
- 300 gramas de massa folhada
- 200 gramas de açúcar
- 250 ml de leite
- 7 gemas peneiradas
- Tiras da casca de limão
- Canela em pó
DICA SDV: Para quem mora em Brasília, veja que temos uma produção local da massa folheada – Germana. Com essa massa se faz muitos doces e salgados, inclusive a Tarte Tatin que logo vamos fazer para você!!!
Como preparar
Comece peneirando as gemas dos ovos e deixe reservado. Esse processo vai eliminar o cheiro do ovo, pois as “membranas” não farão parte da receita.
Em uma vasilha pequena, fora do fogo, misture a farinha de trigo com um pouco do leite até obter uma cremosidade. Vá adicionando, aos poucos, o restante do leite para diluir por completo a farinha.
Coloque as tiras da casca do limão nessa mistura e em fogo baixo, mexa constantemente até levantar fervura do leite. Essa parte é importante pois além de não deixar “encaroçar” o leite, vai permitir que a farinha cozinhe e perca o seu sabor.
Tire a panela do fogo e adicione o açúcar. Mexa mais um pouco e volte com a panela para o fogo para terminar a diluição do açúcar. Cuidado para o creme não cozinhar muito. Não queremos mingau rsrsrs….
Desligue o fogo, deixe o creme esfriar. Retire as casas do limão e adicione aos poucos as gemas peneiradas. Mexa até obter uma cor amarelada por igual.
Estique a massa folheada sobre um mármore. Monte as forminhas, as mesmas utilizadas para fazer empada, sobre a massa, para demarcar cada uma, aproveitando ao máximo a massa. Pressione a forminha sobre a massa e gire, cortando o tamanha exato.
Forre as forminhas com a massa folhada e deixe por alguns minutos na geladeira para refrescar a massa.
Coloque o creme nas forminhas. Distribua as forminhas em uma forma maior e leve ao forno pré – aquecido (180º), por aproximadamente 30 a 40 minutos.
Retire do forno, deixe esfriar, desenforme, polvilhe a canela em pó e sirva.
Como harmonizar
O ideal mesmo é o velho e delicioso cafezinho, mas se você deseja provar essa delícia acompanhando um também delicioso vinho, nossa sugestão é o Beni di Batasiolo Muscatel Tardi. Você pode harmonizar também com vinhos de sobremesa de sua preferência.
Curiosidade sobre o pastel de Belém
O nome do doce, na verdade é Pastel de Nata. Pastel de Belém é uma marca registrada pela confeitaria que fica ao lado do Mosteiro dos Jerônimos, em Belém, freguesia da cidade de Lisboa. Mas os pasteizinhos de nata são conhecidos por todo lado, e em todo o país, como Pastéis de Belém.
O doce teria sido inventado pelos membros do Mosteiro dos Jerônimos, na época em que ordens religiosas foram extintas de Portugal, em 1834. A venda dos pastéis era uma maneira dos religiosos sobreviverem, já que seus bens foram confiscados, e a pensão prometida a eles não foi paga.
Muito gostosinho, o Pastel de Belém é um presente para o sentido do paladar!!!
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